domingo, 24 de junho de 2012

Poema Ultrarromantico

Saudade sem obsessão

Céu estrelado
Noite normal
Lembrei de você
Seria um sinal?

As lágrimas vieram
O coração apertou
Bateu aquela tristeza
Mas ninguém notou.

Logo chegou essa saudade
Embora sem obsessão
Fez querer voltar no tempo
Machucou meu coração.

Olho de novo para o céu
Minha esperança não morreu
Então prometo ás estrelas
Você ainda será meu.

Ana Paula e Valeska

segunda-feira, 18 de junho de 2012

Obras de Fagundes Varela, Casimiro de Abreu e Junqueira Freire

Fagundes Varela: era apaixonado pelos românticos, lia os poetas nacionais, os franceses e os ingleses.Dessas leituras surgiram as influências que sofreu de Álvares de Azevedo e de Byron.Sempre inquieto e torturado, conseguia refúgio somente junto à Natureza. Por esse motivo, sua poesia contêm em contraste, a contemplação da vida rural e urbana, com seus vícios e, por causa deles, a amplificação do sofrimento.Mostra também uma fase com um grande espírito religioso. Sua obra inclui: "Cantos Meridionais" (1869), "Cantos do Ermo e da Cidade" (1869), "Anchieta ou Evangelho na Selva" (1875), "Cantos Religiosos" (1878) e "Diário do Lázaro" (1880).

Ideal
Não és tu quem eu amo, não és!
Nem Teresa também, nem Ciprina;
Nem Mercedes a loira, nem mesmo
A travessa e gentil Valentina.

Quem eu amo te digo, está longe;
Lá nas terras do império chinês,
Num palácio de louça vermelha
Sobre um trono de azul japonês.

Tem a cútis mais fina e brilhante
Que as bandejas de cobre luzido;
Uns olhinhos de amêndoa, voltados,
Um nariz pequenino e torcido.

Tem uns pés... oh! que pés, Santo Deus!
Mais mimosos que uns pés de criança,
Uma trança de seda e tão longa
Que a barriga das pernas alcança.

Não és tu quem eu amo, nem Laura,
Nem Mercedes, nem Lúcia, já vês;
A mulher que minh'alma idolatra
É princesa do império chinês.


Semelhança:ambos possuem uma linguagem culta que falam de um profundo amor que está distante que representa a mulher como um ser amável e bondoso,se mostra como um ser puro,inocente.Possui caracteristicas romanticas como sentimentalismo exarcebado e idealização.


Casimiro de Abreu:Não escreveu muito,em compensação seu lirismo de adolescente retratado em sua poesia, que era centrado no amor, na tristeza da vida, na saudade da Pátria e da infância, o tornou o poeta mais popular da literatura brasileira. 

Desejo



Se eu soubesse que no mundo
Existia um coração,
Que só por mim palpitasse
De amor em terna expansão;
Do peito calara as mágoas,
Bem feliz eu era então!
 
Se essa mulher fosse linda
Como os anjos lindos são,
Se tivesse quinze anos,
Se fosse rosa em botão,
Se inda brincasse inocente
Descuidosa no gazão;
 
Se tivesse a tez morena,
Os olhos com expressão,
Negros, negros, que matassem,
Que morressem de paixão,
Impondo sempre tiranos
Um jugo de sedução;
 
Se as tranças fossem escuras,
Lá castanhas é que não,
E que caíssem formosas
Ao sopro da viração,
Sobre uns ombros torneados,
Em amável confusão;
 
Se a fronte pura e serena
Brilhasse d'inspiração,
Se o tronco fosse flexível
Como a rama do chorão,
Se tivesse os lábios rubros,
Pé pequeno e linda mão;
 
Se a voz fosse harmoniosa
Como d'harpa a vibração,
Suave como a da rola
Que geme na solidão,
Apaixonada e sentida
Como do bardo a canção;
 
E se o peito lhe ondulasse
Em suave ondulação,
Ocultando em brancas vestes
Na mais branda comoção
Tesouros de seios virgens,
Dois pomos de tentação;
 
E se essa mulher formosa
Que me aparece em visão,
Possuísse uma alma ardente,
Fosse de amor um vulcão;
Por ela tudo daria...
— A vida, o céu, a razão!
 
Semelhança:ambos demonstram a mulher como um ser magnífico de uma extrema pureza,eles fazem uma idealização da mulher como um ser frágil e sensível,mas ao mesmo tempo não esquecem de sua sensualidade e formosura.



Junqueira Freira: afasta-se do Romantismo pela forma rígida de seus poemas,continuam ligados ao neoclassicismo. Suas poesias foram consideradas comuns, por não conter um caráter mais romântico, com a utilização de versos livres.De um lado, o poeta diz que seu lado religioso se originou dos ensinamentos de sua mãe,e que sua falta de fé surgiu por causa dos seus estudos filosóficos que exterminavam a sua crença, como bem mostra o prólogo de seu livro “Contradições poéticas''.

Martírio

Beijar-te a fronte linda
Beijar-te o aspecto altivo
Beijar-te a tez morena
Beijar-te o rir lascivo

Beijar o ar que aspiras
Beijar o pó que pisas
Beijar a voz que soltas
Beijar a luz que visas

Sentir teus modos frios,
Sentir tua apatia,
Sentir até répúdio,
Sentir essa ironia,

Sentir que me resguardas,
Sentir que me arreceias,
Sentir que me repugnas,
Sentir que até me odeias,

Eis a descrença e a crença,
Eis o absinto e a flor,
Eis o amor e o ódio,
Eis o prazer e a dor!

Eis o estertor de morte,
Eis o martírio eterno,
Eis o ranger dos dentes,
Eis o penar do inferno!


Semelhança:ambos idealização a mulher um ser delicado e ao mesmo tempo sentem um amor tão profundo.E entendem que no amor a tristezas e alegrias,mas de um certo modo exageram nesse sentimento que chega a passar um aspecto doentio.

Valeska e Ana Paula

Produção do poema nos moldes ultraromanticos

POESIA
Amor é um dia quente de verão
Um dia gelado no inverno 
Uma triste paixão
Qure nos leva para longe do inferno

Quando você ama, ama
Amar é um privilégio
O amor vai te ensinar
Q'ele é muito régil 

Por Ana Beatriz e Victor

domingo, 17 de junho de 2012

A obra de Junqueira Freire

-Junqueira Freire
Nasceu e morreu na cidade de Salvador, e foi um monge beneditino, sacerdote e poeta do período romântico. Morreu jovem, aos 23 anos, deixando uma obra poética permeada pelo sofrimento de uma saúde debilitada e pela vida de padre, que impunha severas restrições ao  espírito do jovem sacerdote.Sua obra é conhecida pela tensão presente nos versos, que oscilam sobre a vida espiritual, religiosa e o mundo material.
Poema: Louco (Hora de Delírio)
Não, não é louco. O espírito somente

É que quebrou-lhe um elo da matéria.
Pensa melhor que vós, pensa mais livre,
Aproxima-se mais à essência etérea.

Achou pequeno o cérebro que o tinha:

Suas idéias não cabiam nele;
Seu corpo é que lutou contra sua alma,
E nessa luta foi vencido aquele,

Foi uma repulsão de dois contrários:

Foi um duelo, na verdade, insano:
Foi um choque de agentes poderosos:
Foi o divino a combater com o humano.

Agora está mais livre. Algum atilho

Soltou-se-lhe o nó da inteligência;
Quebrou-se o anel dessa prisão de carne,
Entrou agora em sua própria essência.

Agora é mais espírito que corpo:

Agora é mais um ente lá de cima;
É mais, é mais que um homem vão de barro:
É um anjo de Deus, que Deus anima.

Agora, sim - o espírito mais livre

Pode subir às regiões supernas:
Pode, ao descer, anunciar aos homens
As palavras de Deus, também eternas.

E vós, almas terrenas, que a matéria

Os sufocou ou reduziu a pouco,
Não lhe entendeis, por isso, as frases santas.
E zombando o chamais, portanto: - um louco!

Não, não é louco. O espírito somente
É que quebrou-lhe um elo da matéria.
Pensa melhor que vós, pensa mais livre.
Aproxima-se mais à essência etérea.

Semelhança com a obra de Álvares de Azevedo: Possui a mesma característica de exagero que o ator da Lira dos Vinte Anos, mas este não é representado de forma desleixada, contendo exagero com o sábio intuito de deixar as emoções do poema bastante claras.

Por Ana Beatriz e Victor

A obra de Casimiro de Abreu

- Casimiro de Abreu
Poeta de segunda geração romântica, foi ainda criança para Portugal com os pais, onde escreveu a maior parte de sua obra.Escreveu poemas onde o sentimento nativista e a busca pela inocência da infância estão presentes. Os aspectos formais de sua obra são considerados fracos, porém este poeta exerceu uma grande influência para o movimento romântico. Morreu em 1860, vítima de tuberculose.
Poema: MEUS OITO ANOS
                                                  Oh! Que saudades que tenho                
                                                 Da aurora da minha vida,
Da minha infância querida
Que os anos não trazem mais !
Que amor, que sonhos, que flores,
Naquelas tardes fagueiras
À sombra das bananeiras,
Debaixo dos laranjais !

Como são belos os dias
Do despontar da existência !
- Respira a alma inocência
Como perfumes a flor;
O mar é – lago sereno,
O céu – um manto azulado,
O mundo – um sonho dourado,
A vida – um hino d’amor !

Que auroras, que sol, que vida,
Que noites de melodia
Naquela doce alegria,
Naquele ingênuo folgar !
O céu bordado d’estrelas,
A terra de aromas cheia,
As ondas beijando a areia
E a lua beijando o mar !

Oh ! dias de minha infância !
Oh ! meu céu de primavera !
Que doce a vida não era
Nessa risonha manhã !
Em vez de mágoas de agora,
Eu tinha nessas delícias
De minha mãe as carícias
E beijos de minha irmã !

Livre filho das montanhas,
Eu ia bem satisfeito,
De camisa aberta ao peito,
- Pés descalços, braços nus -
Correndo pelas campinas
À roda das cachoeiras,
Atrás das asas ligeiras
Das borboletas azuis !

Naqueles tempos ditosos
Ia colher as pitangas,
Trepava a tirar as mangas,
Brincava à beira do mar;
Rezava às Ave-Marias,
Achava o céu sempre lindo,
Adormecia sorrindo,
E despertava a cantar !

Oh ! que saudades que eu tenho
Da aurora da minha vida
Da minha infância querida
Que os anos não trazem mais !
- Que amor, que sonhos, que flores,
Naquelas tardes fagueiras
À sombra das bananeiras,
Debaixo dos laranjais !

Semelhanças com a obra de Álvares de Azevedo: Assim como o autor da Lira dos Vinte Anos na primeira e terceira fase de sua obra, Casimiro de Abreu também usa da inocência e pureza atribuídas a infância para falar sobre a saudade que tem do tempo em que era menino.

Por Ana Beatriz e Victor

A obra de Fagundes Varela

- Fagundes Varela
Foi um dos maiores expoentes da poesia brasileira de seu tempo, nascido em 1841, na cidade de Rio Claro, foi um poeta boêmio e inveterado. Foi durante a transição da segunda para a terceira fase do romantismo que abandonou a faculdade de direito para dedicar-se a sua arte. Embebedando-se e escrevendo, faleceu jovem aos 34 anos, sustentado pelo pai, passando boa parte do tempo no campo, seu lugar predileto. 
Poesia:  A FLOR DO MARACUJÁ
                                                                                                                                     Pelas rosas, pelos lírios,
Pelas abelhas, sinhá,
Pelas notas mais chorosas
Do canto do sabiá,
Pelo cálice de angústias
Da flor do maracujá!

Pelo jasmim, pelo goivo,
Pelo agreste manacá,
Pelas gotas de sereno
Nas folhas do gravatá,
Pela coroa de espinhos
Da flor do maracujá!

Pelas tranças de mãe-d’água
Que junto da fonte está,
Pelos colibris que brincam
Nas alvas plumas do ubá,
Pelos cravos desenhados
Na flor do maracujá!

Pelas azuis borboletas
Que descem do Panamá,
Pelos tesouros ocultos
Nas minas do Sincorá,
Pelas chagas roxeadas
Da flor do maracujá!

Pelo mar, pelo deserto,
Pelas montanhas, sinhá!
Pelas florestas imensas,
Que falam de Jeová!
Pela lança ensangüentada
Da flor do maracujá!

Por tudo o que o céu revela,
Por tudo o que a terra dá
Eu te juro que minh’alma
De tua alma escrava está!…
Guarda contigo este emblema
Da flor do maracujá!

Não se enojem teus ouvidos
De tantas rimas em – á -
Mas ouve meus juramentos,
Meus cantos, ouve, sinhá!
Te peço pelos mistérios
Da flor do maracujá!

Semelhança com a obra de Álvares de Azevedo: Assim como o autor, aqui Fagundes Varela demonstra nos versos toda a sua devoção pela amada, que "compara"seu amor as características da flor do maracujá. Lendo o poema, é possível perceber o sentimento exacerbado característico daquela fase do romantismo. 


 Por Ana Beatriz e Victor 

Discutir a diferença entre texto humorístico e texto satírico e apontar as poesias que podem ser consideradas exemplos de humor e exemplos de sátira.

A diferença entre o texto humorístico e o texto satírico, é que o texto humorístico esta interessado apenas em fazer graça, de qualquer maneira, sem ter algum motivo para isso, e o texto satírico procura fazer a graça por uma critica a sociedade, geralmente são usadas ironias ou sarcasmos. Podemos encontrar os textos humorísticos em Charges ou Tirinhas e o satírico em Tirinhas também, como as da Mafalda, ou do Calvin e Haroldo, em vídeos como "Indiretas já" uma versão nova de Roda Viva (Chico Buarque) feita pelo humorista Marcelo Adnet onde ele critica a televisão brasileira pela sátira.
Victor e Ana Beatriz